Aquela tarde de Verão (férias) ainda está muito presente na minha memória… aquele banco de jardim em pedra onde carinhosamente me deitei no teu colo. Não me recordo da localização exacta desse banco de jardim; existem lá tantos (seria eu capaz de reconhecê-lo?) … mas pouco importa o local!

Recordo-me, todavia, da tua face, dos raios de luz a trespassarem os ramos das árvores para iluminar os teus olhos, dos teus lábios cheios de desejo, da tua mão a percorrer partes do meu corpo e eu sempre a rir (lembras-te? Éramos felizes).

Depois…bem depois ninguém percebeu muito bem o sucedido. Seguimos caminhos diferentes sem nunca falarmos sobre o assunto. Talvez tivéssemos ficado unidos mais tempo se te tivesse dito, assim que nos reencontrámos, que ainda te queria ao meu lado (maldita timidez).

Talvez…


Embora longe não poderia nunca deixar passar este momento em branco: estou feliz por ti. Anseio por estar contigo...transmitir-te tudo o que me vai na alma. Felizmente já falta pouco para este desejo se tornar realidade.

A amizade tem destas coisas: ultrapassa todo e qualquer obstáculo...nem poderia ser de outra forma (adoro-te).

Sou feliz por poder partilhar contigo este momento único.

Até breve, amiga..."até ao teu regresso".


Navego sempre entre o sonho e a realidade...sim, o saudosismo e a nostalgia fazem constantemente parte do meu ser [como poderia Eu ser diferente?!?]

Lembras-te da chuva a cair? Daquele cheiro intenso a chuva; lembras-te da água cristalina daquele lago? Hoje a chuva que enche esse lago corresponde às minhas lágrimas (saudade).

Está decidido: não quero mais nada senão planar entre esses dois mundos: sonho e realidade.

Hoje são estas escassas (e singelas) palavras que te dedico, pois quero substituir as palavras por um breve silêncio...Sê como és!


Há momentos únicos que não carecem de palavras...basta um sorriso, um olhar, uma expressão, um abraço, um beijo e já está tudo dito (palavras para quê?). Tudo se resume a um simples gesto...Momentos únicos, que permanecem eternamente na nossa memória, no nosso ser. Vivo intensamente esses momentos e sei que o silêncio vale tudo [No entanto, como poderei eu calar este amor que te tenho?!?]

Tudo te tenho dito, tudo te tenho transmitido com este silêncio gritante que me invade sempre que penso em ti, em mim, em nós...

O silêncio que é tudo...o silêncio que representa o nada...


Hoje são as palavras que me silenciam...são elas que se apoderam do meu ser, que o invadem em toda a plenitude. Poderão elas desvendar mais do que pretendo?

Desconfio que elas sejam mais teimosas do que eu: estão sempre presentes, nos bons e maus momentos. Imagina o poder que elas têm: capazes de ferir até mais não, capazes de transmitir os sentimentos mais nobres. As palavras que semeamos, que colhemos, as palavras que oferecemos...tenho dito, as palavras têm força, têm carácter e hoje aquelas que te dedico estão repletas de amizade, de amor sincero e eterno...são palavras pura e simplesmente.

Nada mais havendo a declarar, dou por encerrada esta entrada porque... ah, é verdade! São as palavras que me silenciam...



Por onde começar? Esta é sem dúvida uma das muitas questões que surge aquando da criação de um blogue. Para mim tudo começa neste preciso momento, no qual, embora sem imaginação, sem saber por onde se deve (ou pode) começar tudo se resume a estas breves linhas. Assim, partilho este momento - que me pertence por completo - deixando desde já vestígios de insegurança e dúvida quanto à finalidade e/ou objectivo desta escrita.

São estas letras que se juntam umas às outras - e que acabam por nos trair enquanto ser humano (sim: ser único!) - que me permitem desde já declarar-me culpada: culpada por querer silenciar as palavras, os sentimentos, o Eu!